Casas serranas cada vez mais apetecidas


A aldeia do Carvalhal, uma das muitas perdidas no meio da serra entre Águeda e o Caramulo, o único barulho mais forte que se ouve é o do rio a correr, do outro lado da estrada. É este pequeno "pormenor", aliado à beleza da zona e ao sossego que se sente na pequena aldeia que atrai muitas pessoas de fora que começam, cada vez mais, a procurar casas para comprar e recuperar.
Das cerca de 14 casas da aldeia, apenas duas são habitadas por famílias que ali residem diariamente. Nos últimos anos quatro foram compradas e restauradas por gente da cidade, que as utilizam sobretudo ao fim-de-semana e durante as férias.
"Ainda há casas para vender aqui na aldeia. Tem é de se investir um bocadito porque algumas estão mais velhas. Há aqui uma senhora que comprou uma por 5000 euros e investiu depois em obras", conta Arménio Dias, que reside no Carvalhal há 69 anos.
Segundo este morador, existem, neste momento, pelo menos dois proprietários a querer vender casas. Começaram por pedir mais de 15 mil euros, mas parece-me que já baixaram o preço. Uma delas dá perfeitamente para duas famílias", sublinha.
No Carvalhal todas as casas são construídas em pedra e as que forem compradas para restaurar são obrigadas a manter a traça original, preservando assim alguns dos pormenores que distinguem esta aldeia da maioria.
Subindo a serra, são muitas as aldeias perdidas. Rio de Maçãs aparece logo a seguir e consegue ser ainda mais pequena que o Carvalhal. Segue-se Macieira de Alcôba e Salgueiro. Mas estes pequenos lugares ainda não conseguiram despertar a curiosidade dos citadinos.
Existem muitas casas abandonadas, umas maiores, outras mais pequenas. Ainda não se vêem cartazes a dizer "vende-se" e com contacto, mas segundo os habitantes "já se começam a ver muitos carros com gente que procura uma casinha na serra", diz Arménio Dias.
Urgueira consegue ter o dobro do tamanho do Carvalhal. Tem também o dobro dos habitantes e não é tão pitoresca como a aldeia que tem o rio do outro lado da estrada. Contudo, também já começa a atrair compradores para as casas desabitadas.
"Há aqui quatro casas na povoação que foram compradas por pessoas do Porto, Aveiro e algumas de Águeda", diz Américo Costa, de 38 anos, morador em Urgueira.
Em nenhuma destas aldeias existe um café ou uma mercearia. Ficam longe de tudo, os acessos são complicados e em algumas delas nem sequer há rede de telemóvel. Os principais requisitos de quem quer fugir da cidade.

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